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domingo, 8 de setembro de 2019

ACASO

Sinto um prazer oco, uma febre estranha
Uma lembrança perdida, parada no tempo
Um sorriso, no momento em que se deixou.
Nem ao menos uma saudade, distante.
Doce toque de pele, sentido não o foi, 
Não reconheco, o só sonhado
O capricho dos sentidos envolve o romance,
Na sublimação, a pergunta.
Na não busca, a resposta.
Amantes se perdem, quando se procuram
Entregam-se na covardia dos corpos
Que sussuram o abrigo
Permitem a paixão, entendem o olhar.
Fazem da poesia o abstrato
Simplesmente por se deixarem levar
Fogo, interno, paixão, doce, se suporta
Incandesce, incendeia e expande
Sentimentos que são e se mesclam
Sem pedir nome.
Só o seu rosto na memoria, sorrindo
Tema de aquarela, pano de fundo
Imagem que guardo, do pouco que foi.
Todos verdes, sentados, lado a lado
Sem importancia o momento, só o sentir
O falar, por ser algo, como o silencio
Por ser poesia, de acordes cheios
De promessas não cumpridas
De um tempo que fechou seu ato.
Assim é o encontro efêmero, do adeus à despedida.
Amanhã ao nunca, seremos só fantasia.
Como, predestinadamente, haveria de ser.

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