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terça-feira, 29 de setembro de 2020

MINHAS MÃOS

 A arte da sobrevivencia se espalha pelas minhas mãos

Jorra por sob meus olhos, e se encontra em minha face

Tento dela extrair os limites que conduzam a nau de mim mesma

Deixar que meus horizontes delimitem um paradeiro

Como as estrelas que vejo, afora, fixas, um referencial adotado

Brancas e pequenas são minhas mãos, suaves, capazes

Choram, afagam, e se apiedam,  tentando calar a dor, 

Sabem colher os frutos das alegrias dos tormentos termináveis

Bosques verdes onde frutos foram inspiração do desejo do fim

Vida, prece, que as mãos nem sempre têm escolha

Pelos martirios infinitos das dores carregadas ao léu pela humanidade

O que poderiam elas fazer ? Abrigar, orar, tecer, lavar

Para que eu tivesse mais respostas do que as tenho agora

Talvez alcancem o horizonte, não sei

A estrada é longa, mas me tenho a Eternidade, e parece pouco

Por ora o céu a contemplar desanuviou um pouco a minha dor.


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