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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O VAZIO DO ESTAR

Existem tormentos que não possam ser compartilhados

Vozes do ventre que ficaram dispersas num passado perdido

Lembranças equivocadas de uma infancia lúdica

Os dias eram doces, e o sorriso fácil resplandescia

Hoje, por entre as faces, o escarnio toma conta

Como um lamento desfigurado, um ciúme descontrolado

Mais uma cena, um engôdo desapercebido pelos sentidos

Quisera eu tudo fosse mais mais límpido e puro

Simples e sem artimanhas, tão menos sofrido

Mas não tenho a dor que perpasse a culpa por não saber

Subjugue a fraqueza da vontade, maior do silencio

Do que resta, tão maior do que qualquer vazio.

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