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quinta-feira, 23 de março de 2017

SHABBAT ( A MIM )

Vai surgindo o  Sol, no seu horizonte.  Virá, mais tarde, um silencio de Shabbat, na vida que passou rapido.
Para dizer que estive aqui, e de que essas letras são tão reais, como seu sono, e a vontade de experimentar o dia.
Surjam raios, e estarei viva, como voces.
O descanso me espera, o confortador silencio da parada, mundo aberto a novas texturas, um fim de semana por vir.
Saboreio o tempo que me separa desse encontro, com as atividades lúdicas de que tanto gosto, e relembro de momentos, sem saber onde estava.
O sono tomando conta, e me sinto diferente, mais densa. Com a porção de minha vida em mãos, e um todo se fazendo presente. O sonhar em cima de minhas proprias realizações, sem a dimensão do belo, que fora de mim.
Venham raios, tragam a manhã e estarei aqui, vingando a proximidade com nossa ave mãe, e sonhando num contexto em que meu eu se faça forte, por tamanho possuir, Ana, juntas.
Aguardo-me no descanso que virá, sono reposto, dois dias de puro contentamento em só estar.
É Shabbat, e estou só.  Não como poderia, mas como o quisesse.  Junto a mim mesma, e basta.
Por ora, nas decisões de que sonho tomar, e a que rumo me atar, pondero. Porém me levando, também, ao desconhecido de minhas incógnitas, sempre presentes.
Dois dias em que me esperam cores, palavras, sentidos.  Em que serei descobrimento e fascinio.  Vontade e calma, pois Shabbat, permitindo o sendo apenas estar, e cultivar o nada, ou o mais fortuito.  Simplesmente se deixar levar.
No passeio que farei, e na languidez que, por certo, me alcançará.  Deixar-me tomar e sentir o frescor do que não cabe juizo, absolutaente livre na sua proposta.
Venha, Shabbat, e me envolva num manto de ternura.  Acaricie minha solidão com rosas.  Deixe-me vagar ao centro de mim mesma.
Ir-me ao longe, para acima das constelações de que meus olhos possam visualizar.  E, de la, olhar a Terra como uma estrela, que sauda a vida, e por ela se enterneça.

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