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quinta-feira, 16 de março de 2017

LERIAS ESSE PAÍS ( ANAGRAMA POR DESCOBRIR )

A vida é lilás, e minhas palavras voam ao mundo.
Que atestem minha loucura, coração, coragem.
E é para você, e para todo mundo que quer trazer, assim, a paz no coração.
Entrego-me, no que me seja lido.
Nas minhas saudades, na estrela que acompanho, e em todos meus sonhos de menina.
Não sei quem sou, e vivo à espreita de minhas descobertas.
Sinto o peso da irreflexão de meus sentimentos, mas assim, pois, sou.  Uma mutação que habite horas, e meu coração e novo, Beto Guedes o diz.  E acato.  Pois é um sentimento universal.
Amanha irei encontrar a proposta de convivio, protagonizada por judeus e palestinos sentados juntos, na emblemática praça onde a vida de Rabin foi ceifada.  O que esperar ?  Selfies ?   Debates  ?  Sem cinismo, aberta a propostas, nunca sou vanguarda.
Soo-me dura, não o querendo.  Respeito todas as proposições que se traduzam em busca por um convivio mais harmônico, e não serei céptica.  Pois é indole em mim acreditar, uma fé inata.
Crianças palestinas, não agonizem em seus sonhos.  Crianças israelenses, saibam que existem outras, e de que o mundo não é uma redoma.
Um pais que se autointitulou sionista, para abarcar judeus que, como todos os seres humanos, podem chegar ao ápice de inconsequencia em seus atos.  Onde uma mulher judia é obrigada a enfrentar a cerimonia de divorcio deliberadamente humilhante, que só a Judas se poderia desejar.  A quantidade de melanina ainda estipule a casta nobre na sociedade.
A tudo chamaremos Israel, porque judeus, convencidos ao nosso direito a termos um territorio.  Fosse ele laico, e se faria merecido.  Pois laicicidade não é privilegio de jogos de loteria, onde um só um ganhador arremata a casa.  É virtude dos que querem ser humanistas, não mais.
Vivo num estado judeu, por ter uma origem, concedida por nascimento.  Da qual preservo apenas uma memoria afetiva, em sendo.  Sou laica em minha essencia, e o que me trouxe a esse pais sao perguntas oriundas de uma busca totalmente existencial, em que o judaismo não prega qualquer tipo de referencia.
Mortes são as mesmas.   De um terrorista ou soldado, e sempre haverá uma mãe a chorar.
A escalada do revanchismo não deixa culpados ou inocentes, só vítimas.   E a terra pertence a todos, sem exceção, dela lhe vingando a agua.
Não acredito em um estado judeu, porque esse não lhe é o nome.  Apartheid.  Sem nenhuma condescendencia para com a historia, que se repete a cada transgressão cometida.
Minha experiencia em contato com os valores ideológicos, oriundos da ideologia de dominação da terra, me mostra rachaduras.  Na percepção aos direitos humanos, em sua totalidade.
Ao pensar que meu conforto em abraçar a religião judaica seja enfrentar uma cerimonia de divorcio, a qual a mim e qualquer mulher so trará constrangimento e sensação de abuso psicológico, me recuso a calar.
Meu mundo não é o estado judeu que não sabe ouvir minhas lágrimas e confortar minha dor.   Rabinos sefaradis que preguem a morte de askhenazis, como já ouvi de algumas bocas.  Ou o eterno martirio na cor negra marcada, que ainda busca sua ascensão, perdida no tempo.
Façamos desse pais um loco honesto.  Laico, em sua essencia.  Aberto a cores e credos.  Sensivel a todas as crianças.
Começarei a chamá-lo Israel.

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