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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

TURBILHÃO

Onde buscar a inspiracao que meus dias consomem
Meu canto segue torto, e meu riso desabafo.
Multifacetados prismas coloridos
Encontro-me em seus angulos, mas nao me vejo.
No que perdeu seu sentido, no medo.
Na angustia do nao existir
Contemplo.  A boca marcada, o sentido estatico
O pedido por fazer.
Como se, outrora, houvesse um momento
Esvaido, logrado, finito em conteudo.
Levanto-me. Cesso-me.
Desconfio de meus passos, mas sigo
Porque ja nao posso permanecer parada
No turbilhao em que se encontram as vozes dos meus sentimentos.
Entrego-me e cresco
Penetro-me, sentido o gosto esperancoso de deleites fortuitos
Que minha memoria ousara apagar
Fruto do desejo
Reprimido, suado
Vertiginosamente capturado em meus meandros de sanidade.
Vago, vasto mundo me abarque
Soe-me, de mim, o derradeiro gesto
Brincadeira, fortuita e doce
Nos recreios por onde a vida passa.
Sorrateira e incolume
Prescrutando-se, sem do, enquanto parte de mim.

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