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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

DOCE CHUVA, PEDINDO AO FUNDO

Tão sedutor quanto o encaixe de dois corpos, o encontro de duas linguas, e o prazer do sexo.
Maravilhoso como ouvir tudo o que se queria falar, e mais.  Pedir, sussurrar as palavras certas.
Ficar inebriado, e esquecer o orgasmo que surge, de repente, surpreendendo a todos os sentidos.
Entregar o corpo a todas as caricias, sem nenhum trajeto.
Muito bom viver, em conhecendo a aventura do se permitir.  Naquele beijo que não pede, mas não quer terminar.  No toque em que se sente a força de dois braços, e a vontade da total entrega.
Pedir mais, e não parar.  Sempre, sem pensar.
Baby, take off your clothes, slowly, slowly.  Para você, meu melhor strip-tease, sem mais.
Muito quente aqui, mas eu já estou sem roupa.  Como meu pensamento que, nem ao menos, viaja.
Sentidos do meu corpo, eu vivo esse blues imaginario, e conservo so meu chapéu.
Começo pelos tamancos, tão altos, com os quais me sinto uma deusa. E ai pergunto, ou não, sua vontade.
Como não tenho ideia de como tirar minhas meias, voce pode me ajudar. E não me importo de que percorra minhas pernas com caricias, porque a estrada do desejo é longa.
Saia jeans, gosto de ser menina, muito fácil de ser tirada, assim, devagar, junto com os movimentos do meu corpo, só para lhe excitar.
Camiseta normal, mas faço dela um lenço, bem bonito, e flutuante, para poder instigar sua imaginação.  E, tiro, devagar, no frio que so vai virar desejo.
Paro. Esse momento é de uma pergunta no nosso olhar.   Pode não ser a mesma, mais vale o silencio da contemplação.
Virar de costas ou não, para tirar o soutien.  Sete semanas e meia de amor, com certeza paro por aqui.
Dispa-me você, para eu sentir menos frio e mais prazer.  Para eu ouvir, mais perto, as palavras sussuradas que sua boca me proporciona.  Para eu sentir seus braços, tomando meu corpo.   Esquecer, ou não, tanto faz.
À minha frente, flores, coloridas.
Ficando longe, o tempo se esvaiando, brincando de escorrer.  Peça-me para ficar presente, pois perdi meu paradeiro.  Nas mensagens não mandadas, de todos os textos lidos.  Só encontro as mesmas letras, e um futuro que não é presente, força ou nada.  Na solidez do silencio, meu chapéu que não conservo em minha nudez.
Tanto faz, no dominio do desejo, estou. Completamente ferida, com a chuva que recomeça, a se fazer companheira.
Escolho minha solidão.  Nela vivo, e perpetuo meus dias e anseios.
Nada há que os apague, pois continuo no rumo de minha busca.
E o fogo do paixão, que não mais me consome, acena um adeus, de despedida tão longe.
Caia chuva, e me transborde de delirio, ou simplesmente sinta meu corpo.  Minha alma ali já esta, e eu desabrocho do fundo do meu ser, sem que me leve à eternidade de todas as minhas perdas.
Esse batom em minha boca, tão roxo e vibrante, me traz à tona o pulsar de mim e e, até mesmo, um acalento.  Meu momento de mulher, tao mais segura e plena, pronta para a vida.
Num canto, somente.  Sem nenhuma melodia que eu sabia, todas parte de mim.
Sigo meu rumo, com amor pelo meu destino, e a vitoria das minhas derrotas.  Sou eu, simplesmente.
A chuva bate seus pingos, e eu continuo a escrita.  Nos comunicamos pelo obvio, e penso nas distancias, na dor, e no livre em ser.
Nas respostas que não terei.  Será assim.


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