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sábado, 16 de outubro de 2021

OUTONO

Existe um coração partido.  Em que não se combinam pedaços, cadencias, alegrias e tristezas.  Em momentos que não se mesclam e reminiscencias do que, outrora, poderia ser tão mais suave e confortador.
A vida segue o percurso de seu rio, águas que caminham em rumo à frente, desfilando a contagem dos dias, como eu, na minha estoria de agrurias, que nem o pranto poderia alcançar.
O céu vai tomando um vulto cinza e prenuncia a chegada das chuvas, com suas nuvens carregadas de tensão.  É a estação das temperaturas mais amenas e das águas que atingem o solo, timidamente fazendo recordar que o inverno apontará no horizonte.  As folhas, melancolicamente, despedem-se ao chão, e a vida se reveste do silencio criado pela luz que se ausente.
São tantas as dores, como se houvera um rio criado fosse sem nascente.  A vida acontecesse, a experiencia diluida, apenas a fazer crer, substrato que embasasse o momento presente.  Como as folhas que caem, não sucedendo ao Sol, que fulgurou por varios meses.
Azul, um rio, navegante, propulsor, atento às suas margens. Rodeado por verde.  Consciente à sua estoria.  Único, solitario, bondoso.  Íntegro.  Meu rio.


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