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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

NO CAMINHO DOS DIAS

Hoje é Shabbat.  Acenderei velas, porque tenho uma linda árvore e esperanças.  Mundos de compaixão habitam meus pensamentos e esperam momentos certos para desabrochar.  Eu, me procurando um verdadeiro projeto de vida, o consolo pelo outro, a ponte com a dor.

Não sei se saberei viver a angustia dos dias, no prazer oco e sentido desregrado, os sentimentos já de tenra flor tão violados.  Sendo eu aquela que estenda a mão a todas as torturas, revestidas de cores diversas.  A ideologia é uma arma que subjuga a todos a que a ela se curvem.

Compaixão é o afeto, diluido nas crateras de um mundo movido a violencia e fast food, terminologias,  estereótipos e total ausencia de comprometimento.  Em se falando, nada possa ter mudado, as fronteiras somente se diluiram.

Meu compromisso é com a voz que não cala e sabe seu falar, ignorando o revanchismo dos gens que nada possam mudar.  Que olha o mundo através de lentes muito antigas, sabias, sem surpresas.  De quem não soube morrer.  

Para continuar existindo, há que valher a pena.  Não há célula de mim que se olvide dessa crença.

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