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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

ODE À NATUREZA ( PARA FERNANDO PESSOA )

 Dia de vento, na poesia do alento, e momento de paz                                                     Comigo me entrego, à ternura que espero, sozinha que estou
 Mais nada que exista do que o mergulho dentro de mim
 E a certeza dos dias corridos, sobrios, assim me vou.

 Enxergo águas, vislumbro terras, e rego muitas flores
 Ocupo tempos do relogio em minha vida, já antes marcado
 Vislumbro esperanças de Sóis que ainda não tiveram ocaso
  Porque a natureza não negou sua força à ira do predestinado.

 Tal a Lua a gravitacionar suas pulsões a bel prazer dançando
 Como a a Terra a tingir de azuis seus ceus e alem mares sem fim
 Vou seguindo minha trajetoria, ao errar, parar, me levantando
 Buscando cortornos de verdades do que acredito estar em mim.

 Sigo, e bússola, tenho comigo Pessoa, mestre nato e eterno poeta
 Cético, às vezes, medidativo e panteísta, dono de espírito impar
 Quisera eu tê-lo mais perto a mim se houvera podido, e cresceria
 Encantada pelo seu dom à palavra, que a escrita so me fêz amar.

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