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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

A DOCE ESTORIA DE ROSA BELA

Conta a lenda de que nasceu, numa zona muita agreste, uma rosa muito bela.  Desabrochou e nem mesmo entendeu como vingou vida afora, tal a sorte de dificuldades impostas pelo caminho. Frio, água, calor excessivo, homens lhe pisando foram algumas delas, para se ter conta.
Rosa Bela entendeu, desde cedo, que sua beleza agradava aos olhos humanos mais sensiveis que não eram capazes de pisoteá-la.  Esses se enterneciam com sua cor e perfume.  Os humanos eram diferentes.  
Num dia azul de primavera, uma fada lhe apareceu aos olhos e perguntou um desejo.  Rosa Bela queria ser levada para um lugar em que estivesse segura.
-Rosa Bela, eu não posso mudar os seres humanos, mas vou levá-la para a casa de pessoas sensiveis que lhe cuidarão.
Ela gostou muito da idéia, a principio.  Mas, dai a poucas horas, ela foi arrancada do solo, e colocada num vaso com terra.  E olhava, de um lado para o outro buscando a imensidão da natureza e o céu que sempre conheceu.  Com as agrurias, é verdade, mas parte de sua identidade.
Rosa Bela decidiu-se por chamar natureza ao vaso de terra onde se encontrava, pequeno e miudo, e dedicá-lo afeição por tê-la salvo, já que era regado com palavras de carinho todos os dias.  E foi numa manhã, ao acordar, que viu algo inóspito.  Dela saia algo como um broto que, a principio, não entendeu.  
Um filho, amigo, a redenção. A doce estoria de Rosa Bela.

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