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sexta-feira, 29 de maio de 2020

A VERDADEIRA MANIFESTAÇÃO DO MEU SER

Quero um silencio partido, chorado
Sem concessões, ternura e pena
Que me corte a carne, mas que seja ameno
Como as flores, que acontecem sem querer.

Sem rumo, pedido ou necessidade
Composto das palavras tragadas pelo destino
Sufocadas pelo pranto da vida, que por mim passou
Da qual palavras, em vão, lhes procurei sentido.

De momentos procurados, surge o nada
Que se faz broto, a essencia do ser
A pedir resignação, e a volta ao interior
Onde os únicos sons são os de uma mente cansada.

Entregue à luta, o caminho não seja outro
Que cantar a vida, na melodia do abstrato
Tomado na sua forma inteira, única, presente
Interior, a verdadeira manifestação do meu ser.

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