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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

POESIA PARA O INCÓGNITO

Do alto dos escombros, uma tênue luz abarca
Não é nítida, nem reflete os dias do amanhã
Apenas chora as convulsões dos dias perdidos
No seu desejo pelos momentos não encontrados.

Perfilam imagens, são somente delirios lúdicos
O tempo tomou conta do arcabouço da memoria
Passou, indelével, deixando suas marcas pelo caminho
Rompendo as cisternas dos pensamentos equivocados.

Se me bastei, não soube me dizer do que vivi
Fui expectadora, da vida meu proprio sentido e dominio
Minha barca, ao navegar por onde a tempestade me aguardasse
Buscando um porto de ancoradouro, em seu momento único.

Segue a vida, espaço branco, por onde mares ainda se mostrem
Sempre a nau dos viajantes acenará em alguma direção
Luzes tênues se acenderão, e estarei cansada no meu saber
O que sempre anciei, mas a morte não faria acreditar.

3 comentários:

  1. Para se opor à essência deste poema, publicarei um no RL; chama-se:
    Morte, fiel amiga que ao meu lado caminha...

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  2. Para se opor a este seu poema, publicarei um que se chama:
    Morte, fiel amiga que ao meu lado caminha...

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  3. Quanto ao meu Haicai — Eltras trocadas — As duas primeiras letras da palavra LETRA, entre si, trocaram as suas posições, para sublinhar a essência desse HAICAI.
    No último comentário que lhe enviei (neste texto: A Fábula do Livre Arbítrio) publicada no RL, você percebeu o contraste fortuito que parece um escárnio, quando afirmo, não saber de quem gosto mais se do Fernando ou de um de seus três heterônimos?

    Esta percepção está ao alcance de pouquíssimas pessoas, e você desse conjunto debilitado, você se exclui.

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