A arte da sobrevivencia se espalha pelas minhas mãos
Jorra por sob meus olhos, e se encontra em minha face
Tento dela extrair os limites que conduzam a nau de mim mesma
Deixar que meus horizontes delimitem um paradeiro
Como as estrelas que vejo, afora, fixas, um referencial adotado
Brancas e pequenas são minhas mãos, suaves, capazes
Choram, afagam, e se apiedam, tentando calar a dor,
Sabem colher os frutos das alegrias dos tormentos termináveis
Bosques verdes onde frutos foram inspiração do desejo do fim
Vida, prece, que as mãos nem sempre têm escolha
Pelos martirios infinitos das dores carregadas ao léu pela humanidade
O que poderiam elas fazer ? Abrigar, orar, tecer, lavar
Para que eu tivesse mais respostas do que as tenho agora
Talvez alcancem o horizonte, não sei
A estrada é longa, mas me tenho a Eternidade, e parece pouco
Por ora o céu a contemplar desanuviou um pouco a minha dor.
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