Exploda-te em meu corpo em pedacos, peço-te
Arranca-me das entranhas o sentimento retido
A ansia acumulada, a frustração reprimida
O gozo contido, a lágrima que não brotou
A fala que não soube dizer porque as palavras
Não se bastaram, alcançaram seu propósito
Arranca-te a vida que habita meu ser
E se transforma em dor a cada eco
Aos murmurios do Sol que bate
Nos prenuncios de uma nova estação que chega
Em rompantes do fulgor de um novo tempo
Que me atravessa, consome e pede
Para ficar em mim, que da vida ensaio
Os sopros de virtude, no meu corpo cansado
Na minha alma que chora, num reduto
Longíquo, na minha procura, que se faça silencio.
Bela poesia ! Gosto do estilo...
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