Existem tormentos que não possam ser compartilhados
Vozes do ventre que ficaram dispersas num passado perdido
Lembranças equivocadas de uma infancia lúdica
Os dias eram doces, e o sorriso fácil resplandescia
Hoje, por entre as faces, o escarnio toma conta
Como um lamento desfigurado, um ciúme descontrolado
Mais uma cena, um engôdo desapercebido pelos sentidos
Quisera eu tudo fosse mais mais límpido e puro
Simples e sem artimanhas, tão menos sofrido
Mas não tenho a dor que perpasse a culpa por não saber
Subjugue a fraqueza da vontade, maior do silencio
Do que resta, tão maior do que qualquer vazio.
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