A Lua cheia passa como um míssel
Atordoada e incrédula, chocando-se
A cada sorte, dominando seu desejo
Furtando-se ao incômodo de brindar
Ao infinito, num recôndito de estrelas
Planetas se desalinham em compulsões
E seres humanos se despem, mais uma vez
Da alegoria de amar, porque é belo
E infinitamente maravilhoso olhar-se aos céus
Admirar a plenitude do que nos é concedido
Esqualidamente partindo, mas senão o que
Será esse o momento derradeiro de uma
Conjunção fatal, menos ou mais apocalíptica
Lua, lua, doce lua, lindo nome faça-me em si
Minha recordação, veja os olhos
Sinta o medo, apazigue as más lembranças
E me deixe só sonhar.
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