Ao som de Sa, Rodrix e Guarabira, reinicio meus trabalhos. Não sem antes manifestar minha indignaçãao.
O mundo é sórdido, mas a vida é bonita. O alcance das difamações imenso, e a procura da verdade não uma só. Existem muitos sentimentos em jogo, e o não vislumbre de um ideal. A identidade do ser humano se perdeu em blasfemias proferidas, e dedos apontados. O odio se juntou ao ceticismo e busca por ignorancia. A alienação, um atributo necessario para a continuidade da especie. Caos instalado, porvir de tantas ditaduras. Um preço ignobil a ser pago. O não perdão.
As redeas da ganancia humana e falta de inteligencia atravessam, mais uma vez, os caminhos da historia. Assistimos a tudo perplexos, conscientes de nossa ação objetiva. Ainda assim efêmera em sua gratitude, incerta em seus dias de bonança.
Homem, especie maldita a que pertenço, por onde jorrarás seus caminhos de sangue e acolhida ao não virtuoso?
Terra, planeta ínfimo, vista de cima, oceano em azul, atmosfera cálida, sereno da paz. Pois que as lentes se aproximem em aumento, veremos sujos os becos, e assassinatos gratuitos. Criancas miseraveis mendigando por pão, ao mesmo tempo dançando uma melodia, sem parar.
Eu me verei crescendo entre as paredes de um bairro que ofereceu resistencia à tortura, e rosto de varios que não sucumbiram às tentações do destino.
Planeta maldito, onde a mesma árvore que dá sombra e frutos é sacrificada em prol de interesses escusos. Os que não fazem coro são perseguidos, e tem sua vida ceifada, como a veia da borracha, que escorre à luz da seringueira. Indios, que clamam sua voz bradada no mato, sem coro que a repercuta aos homens da cidade.
Planeta ousado, que finge não ouvir o lamento dos holocaustos que aconteceram e dos genocidios que ainda estarão por vir. Que aposta na insensatez da palavra humana, junto a sua usuria, recheada por preconceitos.
Destino humano pertencer a mesma especie. Mesquinha, exterminadora, sem respeito para com o individuo per si. Novelos de passado conduzindo a mesma resposta. Ela, em toda a natureza, a que não vingou o contato de sua propria prole e o respeito inerente ao seu desenvolvimento, por entre o curso da longevidade por que passou..
Somos astutamente egoistas e antropocêntricos. Maniqueistas em prol de interesses, e profundamente racionais face ao sofrimento alheio. Bandeiras de mediocridade são levantadas mundo afora, apenas para atestar o quão decrépita é nossa autonfiança em fazermos o bem.
Seres limitados, desprovidos de cor propria, intangiveis na perpetuação de crenças dogmáticas, preconceitos irrefletidos e religiões calculistas. Nós, humanos, expressão da mediocridade que invadiu o cosmo.
Apesar de tudo, a esperança habita em mim. De que caminhemos para um processo de aprimoramento. Que inclua mutações e novos conceitos cognitivos. Reavalie as relações e considere, de forma impar, todas as formas de poder e opressão que assolam nossas cabeças atordoadas.
Pois se que, de outra forma, não há destino. E, em assim o sendo, caminharemos, como um todo, à procura da morte.
Planeta Terra. Não é justa a não vida onde há oceanos e rios, verde, sombra e pastagens. O belo, tão somente a sua criação. Calem-se a ouvir seus sentidos.
Mundo dos homens, adormeça, e acorde num sonho. E tudo, como mágica, comecara no amanhã.
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