Voce está me esperando, num gesto amoroso.
Depois da vista de paisagens bucólicas, so me querer andar à beira do mar. Acompanhe-me, desfrutemos desse momento, a brisa exposta, o falar pouco, na companhia presente e esperada.
O contato com a areia faz bem, e a mudança de cenario encaixa seu rosto perfeitamente. Como se, não menos, desejasse. Fiquemos assim, quietos, saboreando o silencio da não mais solidão, no contato tenue entre nossos corpos, despertos.
Caminhemos de volta, meio ebrios, na leveza do não saber o que se é, expectativa do que virá a ser.
Acompanhe-me ao meu hotel, e suba a meu quarto, sem pedir. Tomemos a última, quem sabe não derradeira, cerveja.
Beijemo-nos de um jeito só nosso, que perca distancias, único. Longe do mundo lá fora, no enredo de uma estoria de amor a dois.
Dispa-me tão devagar, quanto grande sua volupia. Narre-me uma estoria que só saia de sua boca, e me peça para ficar. Toquemos nossos corpos num abraço, em que beijos febris so festejem. Para fazer poesia, basta a vontade.
Gostaria tanto de que voce me fizesse uma massagem, branda, tenue, delicada. Sentiria a caricia de suas maos, e me entregaria inteira, não importa para onde.
Acontece quando o prazer se alia à vontade de carinho. Quando remexer seus cabelos é tão doce, quanto sentir você dentro de mim. Chorar e pelo todo, desde os menores gestos. Olhos que revelem a alma, e deles não mais se esqueça. E uma boca que sussurre um nome, ainda que em silencio total.
Amemo-nos por um prazo não estipulado, digno de nossa memoria. Brindemos a despedida a cada abraço encontrado, e todo o beijo que perturbe nossos labios. Sendo em ser, somente o momento de tanta grandiosidade, para depois o fim, tanto faz.
Fiquemos assim, sem arrependimento, tão apenas o que possa ser.
A cada destino, um futuro e desafio. A nós, o presente em sua verdade.
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