Escorre pelos meus dedos a última pena da lembrança
O sorriso da despedida, no abraço que se foi
Em negação, ou não, partiu-se a memoria, desvendou-se
O misterio dos desconhecidos absurdos da não entrega
Do que restaram, somente os rostos de fadiga acumulada
As quais os anos somaram sapiencias não esquecidas
Ferro e fogo, domadas pelas razões dos sentidos
Meus olhos sempre a tudo contemplaram
Desde o torpor dos dias marcados pela inercia
Dos meus sentidos entregues às chagas do desalinho
Até o acordo tácito com minha mente revigorada
Da lava pungente derramando sangue pelas bordas
Ao suave canto dos afetos anunciados, assim me declaro
Surgo-me e basto, bastão e proa, rio em curso, andante andarilho
Na busca por seu porto, que se acendam suas luzes
As verdadeiras doutrinas do conhecimento
Paradeiro maior do aqui e agora.
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