Leva-me vida, carrego minhas respostas no turbilhão dos caminhos
Em que se referenciaram meus momentos, a mim, que desconhecia
Não sabia o protagonismo, a virtude do elegido porque não pude
Fôra-me dada a dádiva do autoquerer e meus olhos se abririam.
Mas conheci as trevas da tempestade que agita a eterna noite
Sufoca os sonhos, e corta os pulsos imaginarios dos sangues
Deixando um rastro de eterno vazio na sequencia do caminho
Dos anos que se seguiram, como uma faca, a atravessar minha carne.
E, se aqui estou, não é por dúvida ou compaixão, vontade ou sorte
Simplesmente porque assim o deveria, já que não se fêz em mim capitular
Sem entender para onde as águas me levarão, não mais do que as perguntas
Sobre o vagar desse rio, que perfila o cotidiano de minhas memorias.
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