Existe um coração partido. Em que não se combinam pedaços, cadencias, alegrias e tristezas. Em momentos que não se mesclam e reminiscencias do que, outrora, poderia ser tão mais suave e confortador.
A vida segue o percurso de seu rio, águas que caminham em rumo à frente, desfilando a contagem dos dias, como eu, na minha estoria de agrurias, que nem o pranto poderia alcançar.
O céu vai tomando um vulto cinza e prenuncia a chegada das chuvas, com suas nuvens carregadas de tensão. É a estação das temperaturas mais amenas e das águas que atingem o solo, timidamente fazendo recordar que o inverno apontará no horizonte. As folhas, melancolicamente, despedem-se ao chão, e a vida se reveste do silencio criado pela luz que se ausente.
São tantas as dores, como se houvera um rio criado fosse sem nascente. A vida acontecesse, a experiencia diluida, apenas a fazer crer, substrato que embasasse o momento presente. Como as folhas que caem, não sucedendo ao Sol, que fulgurou por varios meses.
Azul, um rio, navegante, propulsor, atento às suas margens. Rodeado por verde. Consciente à sua estoria. Único, solitario, bondoso. Íntegro. Meu rio.