Encontro-me à frente de um teclado mas, mais do que nunca, as letras se fazem meu desafio.
Elas são meu compromisso com a vida, e dela entendo tão pouco.
O Sol dos infortunios nos bate à porta, e como numa entonação soprada em mágica, o murmurio dos lamentos se torna uníssono. É o canto dos homens, surgido na sua mais completa fragilidade.
E a vida, construida, à minha volta, segue seu rumo. A árvore, minha amiga e companheira de solidões, me acena um novo dia, robusta, acenando seus galhos. Ela é a natureza que não cala, enquanto nós somos muito mais faliveis.
Minhas flores, plantadas. me retribuem a doçura das cores e do silencio que preciso para sobreviver, num momento de contemplação sem anseios, e só ternura.
Minha tristeza percorre os labirintos de perguntas, movida pelas inquietações e dúvidas. A dor leva à ira, como também ao amorteciimento dos sentidos.
Lá fora, a vida continua. Os sons diminuirão, ao que se saiba. Viveremos dias difíceis, que trarão uma mensagem inconteste. Será ela ouvida pelo humano ser ?
Tudo acontece rápido. Atestando nossa fragilidade, exponenciando nossa arrogancia e falta de saber. Destruindo ilusôes de quem, meramente, as pensou sonhar tê-las, por um dia.
Choro lágrimas diferentes. São cor de rosa. Doces. De verão e inverno. Que sempre existiram, e valeram a pena. De ser humano, tão pequeno, um mundo inteiro.
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