Uma lembrança perdida, parada no tempo
Um sorriso, no momento em que se deixou.
Nem ao menos uma saudade, distante.
Doce toque de pele, sentido não o foi,
Não reconheco, o só sonhado
O capricho dos sentidos envolve o romance,
Na sublimação, a pergunta.
Na não busca, a resposta.
Amantes se perdem, quando se procuram
Entregam-se na covardia dos corpos
Que sussuram o abrigo
Permitem a paixão, entendem o olhar.
Fazem da poesia o abstrato
Simplesmente por se deixarem levar
Fogo, interno, paixão, doce, se suporta
Incandesce, incendeia e expande
Sentimentos que são e se mesclam
Sem pedir nome.
Só o seu rosto na memoria, sorrindo
Tema de aquarela, pano de fundo
Imagem que guardo, do pouco que foi.
Todos verdes, sentados, lado a lado
Sem importancia o momento, só o sentir
O falar, por ser algo, como o silencio
Por ser poesia, de acordes cheios
De promessas não cumpridas
De um tempo que fechou seu ato.
Assim é o encontro efêmero, do adeus à despedida.
Amanhã ao nunca, seremos só fantasia.
Como, predestinadamente, haveria de ser.
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