Nas memorias afetivas subterrâneas, são comemorados os momentos de paz e guerra, entre o que se viveu e passou.
Mais um ano cinge a idade desse país atormentado, marcado pelos delírios de seus povos que nele habitam, com bússolas de sentidos diferentes, para onde apontem.
Mortes se somam aos delírios de fogos de artifício, a sempre mesma resistencia de palavras jogadas ao vento, tentativas de acordo suprimidos. Interesses não públicos, enquanto a massa segue, imberbe, como um troféu por seu refem, artificio acumulado, de quem o nada assumido.
Nessa terra de onde um começo se fêz há setenta anos atrás, de uma ideologia diferente, quem sabe, a regra, o solo árido, e o Sol ardente. A chuva escassa, e os olhos do mundo se lhes voltado, como um microscopio de ponta, agudo, ativado ao menor desvio de conduta que, para sorte e regozijo, acontece com a frequencia exponencial do que é, por si, predestinado. No jogo de forças do poder reinante, e o estado que impõe a força, e dela se refastela e mata. E exibe, como um leão outrora caminhante pela selva, ávido em sua pompa.
Ainda assim, mantendo sua memoria afetiva. Dos que foram. Em seus guetos fétidos, dos quais sobreviveram, mesmo sem nem o saber como, atravessando por demais o oceano até chegar à terra firme e criar uma nova bandeira, que não lhe fez justiça. Ou gerar filhos que tombassem em alguma guerra que justificasse a defesa de seu territorio, rebentos. Seres humanos.
Armas, projeteis disparados, erguidos, mirados, dizamando, justificando a continuidade da especie humana, doce paradoxo das guerras, são o emblema do conflito dessa nação.
O sangue desse solo, vermelho na sua essencia, traz a composição palestina e israelense de sofrimento, diluida, pasteurizada, mesma cor. A carne cortada é a mesma, sem perdão. Os líderes ludibriam os incautos com as intenções de que elas tenham significados diferentes, e o resultado é o caos.
Gostaria eu de ver a coragem da mudança, ao invés do compasso da estagnação. A todos os niveis, do opressor ao oprimido. A volta à credulidade e à inocencia de um tempo que se perdeu, num passado que se teima em esconder em nostalgias. O brecar do relogio que impulsiona o mundo digital, freneticamente, ao mesmo tempo que desmorona conceitos básicos de interrelação entre os individuos, coibindo-os de trafegar pela vivencia salutar da comunicação verbal. A civilizacao capitalista predatoria é delirante, que torna o proprio ser humano objeto de consumo, e não mais.
Muito embora as memorias afetivas subterrâneas sejam tão diferentes, há o ponto que converja para a empatia.
E só olhar, conviver. Absurdamente ser humano. O mais dificil.
Gostei muito do conteúdo do blog. Terei que ler mais vezes, confesso uma certa incapacidade para me colocar dentro da narrativa, ou no mais próximo possível, donde consiga vislumbrar o melhor entendimento. Ah! Não tem a opção seguir o blog. Gostaria... Beijo Anabela..
ResponderExcluirRicardo, muito obrigada pelo comentario. Coloquei a opcao de seguidores agora. Beijo.
ResponderExcluir