Por entre as raizes, segue imberbe a impotencia. De não podermos calar nossas vozes sendo, ao mesmo tempo, enforcados pelas cordas de um destino que insiste em nos subjugar.
Não nos calemos, arrefecendo no contraditorio mundo de mentiras e desigualdades. O momento, preciso e certeiro, é de revelar toda nossa dor indignada.
É o pão do pobre e a fartura dos ricos, a sede de poder e exterminio. São cérebros flutuantes num oceano de ganancia e injustiça, mentes dormentes para com a existencia de sua propria especie.
Crianças nos becos, tiros perdidos, e a favela que desce seu morro, num samba de horror. São os milhares de assassinatos que pedem clemencia. E minha solidão que chora desesperada, na impotencia de se saber pequena.
Ouçam-se as vozes, martirio do destino. Enforquem-se os traidores lesa patrias dos sonhos. Tudo será como uma nuvem, vista à distancia, a sobrevoar o planeta Terra. No mais distante o errante navagante, quem jamais te esqueceria.
Desçam-me lágrimas, tão doidas como a insurreição de meus sentidos, não dormentes face a tanta crueldade.
Espalhem-se sementes, brotem flores do compromisso com o amanhã.
Povo desgastado, rota sem rumo, esperemos a insurreição. Reinvidiquemos nossos direitos perdidos. Choraremos a casta dos lamurios que se perderam, num tempo incontavel. Somos apenas humanos.
E por tal, a identidade não se manifesta. A morte não é pano de fundo para com o livre pensamento. A ganancia toma seu aspecto mais assustador e virulento, do qual tenhamos noção, em nossa sensibilidade.
Gritemos o coro da rebelião manifesta, e os pedidos de censura. Voltemo-nos às mesas servidas com pão, e regadas com agua limpa. Concedemo-nos o privilegio de construir um pais rico em cidadãos, não parte da usuaria do abjeto incompreensivel.
No alimento que falta, na saude que se nos esmigalha a olhos votos, e na vontade de não recusar os gritos incontidos, peço. Levantem-se a moral e a dignidade aos olhos de, aquem, as mereça.
Num grito de dor, e a consciencia que derrama lágrimas. Numa bala, um adolescente que jorra sangue.
Na minha vontade, o acordar do pesadelo em viver.
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