Rosa Bela entendeu, desde cedo, que sua beleza agradava aos olhos humanos mais sensiveis que não eram capazes de pisoteá-la. Esses se enterneciam com sua cor e perfume. Os humanos eram diferentes.
Num dia azul de primavera, uma fada lhe apareceu aos olhos e perguntou um desejo. Rosa Bela queria ser levada para um lugar em que estivesse segura.
-Rosa Bela, eu não posso mudar os seres humanos, mas vou levá-la para a casa de pessoas sensiveis que lhe cuidarão.
Ela gostou muito da idéia, a principio. Mas, dai a poucas horas, ela foi arrancada do solo, e colocada num vaso com terra. E olhava, de um lado para o outro buscando a imensidão da natureza e o céu que sempre conheceu. Com as agrurias, é verdade, mas parte de sua identidade.
Rosa Bela decidiu-se por chamar natureza ao vaso de terra onde se encontrava, pequeno e miudo, e dedicá-lo afeição por tê-la salvo, já que era regado com palavras de carinho todos os dias. E foi numa manhã, ao acordar, que viu algo inóspito. Dela saia algo como um broto que, a principio, não entendeu.
Um filho, amigo, a redenção. A doce estoria de Rosa Bela.
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