O passado emoldura retratos nas paredes. Velhos quadros de memorias, lembranças que tentamos eternizar.
Somos refens das paisagens dos rios que se passam, sejam eles caudalosos ou calmos. Por vezes, nos é dado o tempo de olharmos suas margens, o verde, a copa das arvores, e os passaros em desalinho.
Já de outros momentos, somos empurrados pela correnteza, e nosso anseio não mais é do que respirar o ar doce da calmaria.
Desejo fortuito de aguas cálidas, na placidez de um contorno de Sol, raios límpidos fulgurando ao infinito. Eu, somente, murmurando cantigas ao meu silencio. A quietude das naus, em uníssono com a natureza.
Momentos de paz, atemporais e intransponiveis. Na secreta magia do arcabouço da lembrança, onde se situam os regozijos da vida. Rumar em um rio que vague. Destino é o que se cumpre, pois que o natural caminho da existencia.
Dela que, brotada foi, pelo germe. Das sequencias do rio que segue navegando, sem um porquê. Apenas lhe foi dado navegar.
Sob o cintilar dos raios de Sol, adormeço.
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