Eram varios pedaços de um mesmo poliedro, para se olhar o mesmo pedacinho do horizonte. Do lado de cá, já não se enxergavam os prismas coloridos, de tão voltados para o Sol estavam. Resplandesciam, suaves, mornos e cálidos, como numa brisa quente de verão matinal. Os ruídos sobrepassavam, ao longe, e as crianças cantavam cantigas de ninar, para os adultos exaustos, que adormeciam em seus leitos.
Tudo fluia, ao som de flautas mágicas, sonoras como veludos, complascentes como lágrimas de mães que sabem o perdão.
As ovelhas pastavam, docemente, sob um céu de estrelas, recheado de convites e galanteios.
Meu amor se aquiescia, e eu só me fazia presente, nos anseios, finitos, e dormentes. Nunca deixei de existir.
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quarta-feira, 30 de outubro de 2019
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
SIMPLESMENTE SUA SEREI
Quando desce a madrugada, suspiros se erguem
É minha hora de procurar seu corpo.
Quando nada mais me restar, que um só anseio
De labios que me beijem e invoquem meu prazer
Voce lá estará.
Leve-me a todos os mundos que não conheço
Das ardencias da paixão que a memoria esconde
Quando vivemos o dia branco de ilusões perdidas
Deixe a noite, o orvalho úmido e o desejo pulsante
Apenas num pedido.
Envolva-me, perturbe-me, dê-me sua boca
Permita-me desfrutar do aqui e agora, enfeitiçada
Entregue à toda a volupia que me faça sair de mim
Esquecendo-me de que a noite tem seu término
E o dia clareará.
Amarei voce, nessa noite, como se derradeira fosse
E gemerei nos crepúsculos todos os gozos de prazer
Instantes belos, mágicos, pungentes, tantos toques
E na magia desse encontro marcada em nossos corpos
Simplesmente sua serei.
É minha hora de procurar seu corpo.
Quando nada mais me restar, que um só anseio
De labios que me beijem e invoquem meu prazer
Voce lá estará.
Leve-me a todos os mundos que não conheço
Das ardencias da paixão que a memoria esconde
Quando vivemos o dia branco de ilusões perdidas
Deixe a noite, o orvalho úmido e o desejo pulsante
Apenas num pedido.
Envolva-me, perturbe-me, dê-me sua boca
Permita-me desfrutar do aqui e agora, enfeitiçada
Entregue à toda a volupia que me faça sair de mim
Esquecendo-me de que a noite tem seu término
E o dia clareará.
Amarei voce, nessa noite, como se derradeira fosse
E gemerei nos crepúsculos todos os gozos de prazer
Instantes belos, mágicos, pungentes, tantos toques
E na magia desse encontro marcada em nossos corpos
Simplesmente sua serei.
terça-feira, 22 de outubro de 2019
REFUGIADOS DA SÍRIA PELO MUNDO
Há alguns anos atras, conheci um casal de refugiados, com seus quatro filhos.
Vinham da Siria, fugindo do surdor das bombas, que se abatiam sobre a população indefesa.
Paupérrimos, chegaram praticamente com a roupa do corpo, sem conhecimento da lingua.
Que irrisorio, os retirantes nordestinos têm, pelo menos, a lingua a seu favor.
Que destino se lhes aguardava ? Sobreviver em meio à toda a discriminação que se ergueu, na Europa, por conta da leva maciça de refugiados que para lá migrou, em poucos anos ?
Havia uma organização que ajudava na aclimatação desse povo que, no caso do meu pais, ainda recebia uma certa soma do governo para seu pontapé inicial na vida. Privilegio, pois são poucos os paises que têm esse tipo de preocupação social com eles.
Estive em contato e, até hoje, tenho noticias deles.
O pai tem um trabalho subalterno, e mal aprendeu a lingua. A mãe, a mesma realidade. Os filhos, por sorte, estudam. A familia contato com outros refugiados.
Do que reclamar ? Da terra que lhes expulsou. Daqueles que deixaram, sem que o quisessem.
Da discriminação ofensiva que sofrem durante anos. Chamaríamos de anti-islamismo.
E eu aqui escrevi uma crônica, que poderia ser poetizada.
Mas ando, nesses dias, com palavras cruas, que se bastam, sem metáforas.
Às criancas, estejam aonde estiverem, que pagam o preço da incongruencia humana.
Bastemo-nos por aqui.
Vinham da Siria, fugindo do surdor das bombas, que se abatiam sobre a população indefesa.
Paupérrimos, chegaram praticamente com a roupa do corpo, sem conhecimento da lingua.
Que irrisorio, os retirantes nordestinos têm, pelo menos, a lingua a seu favor.
Que destino se lhes aguardava ? Sobreviver em meio à toda a discriminação que se ergueu, na Europa, por conta da leva maciça de refugiados que para lá migrou, em poucos anos ?
Havia uma organização que ajudava na aclimatação desse povo que, no caso do meu pais, ainda recebia uma certa soma do governo para seu pontapé inicial na vida. Privilegio, pois são poucos os paises que têm esse tipo de preocupação social com eles.
Estive em contato e, até hoje, tenho noticias deles.
O pai tem um trabalho subalterno, e mal aprendeu a lingua. A mãe, a mesma realidade. Os filhos, por sorte, estudam. A familia contato com outros refugiados.
Do que reclamar ? Da terra que lhes expulsou. Daqueles que deixaram, sem que o quisessem.
Da discriminação ofensiva que sofrem durante anos. Chamaríamos de anti-islamismo.
E eu aqui escrevi uma crônica, que poderia ser poetizada.
Mas ando, nesses dias, com palavras cruas, que se bastam, sem metáforas.
Às criancas, estejam aonde estiverem, que pagam o preço da incongruencia humana.
Bastemo-nos por aqui.
domingo, 20 de outubro de 2019
A FÁBULA DO LIVRE ARBITRIO
Havia aquela formiguinha obreira que trabalhava de Sol a Sol, no formigueiro por debaixo da terra.
Estava exausta, pois não havia conhecido outra vida, desde seu nascimento. Levava pedacinhos de comida para dentro, e voltava para pegar mais, num interminavel vai e vem.
Pensava consigo mesma : - Ah, como seria bom, se eu tivesse uma horinha para descansar... ( Sera que as outras formigas não pensam como eu )?
Armou-se de coragem e, um dia, numa caminhada, indagou a companheira do lado :
- Você não gostaria de ter uma horinha de repouso ?
Qual não foi sua surpresa ao ouvir tal resposta:
- Claro que sim, todas nós adoraríamos !
Ela ficou boquiaberta. Tinha expressado em palavras o desejo conjunto de muitas.
- Mas, então, porque não tiramos nossa folguinha ?
- Porque fomos programadas para trabalhar full time job, ou voce não sabe disso ?
- Não tenho tanta certeza. Se assim fosse, não estaríamos aqui, discutindo sobre isso. E já que estamos falando sobre o assunto, qual é realmente o problema ? Se todas nós gostaríamos, entao que todas nos tiremos uma horinha de folga. Quem nos impedirá ?
- As formigas que ficam de guarda na porta do formigueiro, talvez ?
- Não, minha amiga. Elas estão lá para defender a todas nós. Somos uma sociedade de castas evoluida, a maior do planeta. Que agora acaba de dar mais uma prova. Paremos por uma hora, porque queremos e podemos.
E uma vez por semana lá estavam elas, de papo para o ar, fazendo nada, proseando.
A noticia se alastrou, rapidamente, e nossa formiguinha virou lenda política, alem mar.
E a natureza deu a entender que concederia ao homem uma grande dádiva, assim como o fêz com a formiga, dando-lhe o livre arbitrio.
Cada leitor que pense em algo elevado. Eu fico com a justiça.
Estava exausta, pois não havia conhecido outra vida, desde seu nascimento. Levava pedacinhos de comida para dentro, e voltava para pegar mais, num interminavel vai e vem.
Pensava consigo mesma : - Ah, como seria bom, se eu tivesse uma horinha para descansar... ( Sera que as outras formigas não pensam como eu )?
Armou-se de coragem e, um dia, numa caminhada, indagou a companheira do lado :
- Você não gostaria de ter uma horinha de repouso ?
Qual não foi sua surpresa ao ouvir tal resposta:
- Claro que sim, todas nós adoraríamos !
Ela ficou boquiaberta. Tinha expressado em palavras o desejo conjunto de muitas.
- Mas, então, porque não tiramos nossa folguinha ?
- Porque fomos programadas para trabalhar full time job, ou voce não sabe disso ?
- Não tenho tanta certeza. Se assim fosse, não estaríamos aqui, discutindo sobre isso. E já que estamos falando sobre o assunto, qual é realmente o problema ? Se todas nós gostaríamos, entao que todas nos tiremos uma horinha de folga. Quem nos impedirá ?
- As formigas que ficam de guarda na porta do formigueiro, talvez ?
- Não, minha amiga. Elas estão lá para defender a todas nós. Somos uma sociedade de castas evoluida, a maior do planeta. Que agora acaba de dar mais uma prova. Paremos por uma hora, porque queremos e podemos.
E uma vez por semana lá estavam elas, de papo para o ar, fazendo nada, proseando.
A noticia se alastrou, rapidamente, e nossa formiguinha virou lenda política, alem mar.
E a natureza deu a entender que concederia ao homem uma grande dádiva, assim como o fêz com a formiga, dando-lhe o livre arbitrio.
Cada leitor que pense em algo elevado. Eu fico com a justiça.
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
NAVEGAR POR UM RIO
O passado emoldura retratos nas paredes. Velhos quadros de memorias, lembranças que tentamos eternizar.
Somos refens das paisagens dos rios que se passam, sejam eles caudalosos ou calmos. Por vezes, nos é dado o tempo de olharmos suas margens, o verde, a copa das arvores, e os passaros em desalinho.
Já de outros momentos, somos empurrados pela correnteza, e nosso anseio não mais é do que respirar o ar doce da calmaria.
Desejo fortuito de aguas cálidas, na placidez de um contorno de Sol, raios límpidos fulgurando ao infinito. Eu, somente, murmurando cantigas ao meu silencio. A quietude das naus, em uníssono com a natureza.
Momentos de paz, atemporais e intransponiveis. Na secreta magia do arcabouço da lembrança, onde se situam os regozijos da vida. Rumar em um rio que vague. Destino é o que se cumpre, pois que o natural caminho da existencia.
Dela que, brotada foi, pelo germe. Das sequencias do rio que segue navegando, sem um porquê. Apenas lhe foi dado navegar.
Sob o cintilar dos raios de Sol, adormeço.
Somos refens das paisagens dos rios que se passam, sejam eles caudalosos ou calmos. Por vezes, nos é dado o tempo de olharmos suas margens, o verde, a copa das arvores, e os passaros em desalinho.
Já de outros momentos, somos empurrados pela correnteza, e nosso anseio não mais é do que respirar o ar doce da calmaria.
Desejo fortuito de aguas cálidas, na placidez de um contorno de Sol, raios límpidos fulgurando ao infinito. Eu, somente, murmurando cantigas ao meu silencio. A quietude das naus, em uníssono com a natureza.
Momentos de paz, atemporais e intransponiveis. Na secreta magia do arcabouço da lembrança, onde se situam os regozijos da vida. Rumar em um rio que vague. Destino é o que se cumpre, pois que o natural caminho da existencia.
Dela que, brotada foi, pelo germe. Das sequencias do rio que segue navegando, sem um porquê. Apenas lhe foi dado navegar.
Sob o cintilar dos raios de Sol, adormeço.
terça-feira, 15 de outubro de 2019
sábado, 12 de outubro de 2019
POR FAVOR, ME ABRACE
Chegamos à casa dos meus pais.
Eu não quero subir. Por favor, não deixe que eu me vá.
É, então, que você me estende aquele papel com a poesia. Voce está sorrindo, e eu penso que recebo uma poesia de amor.
Ela é, mas tem um final triste.
" Você, por quem o exterior
Não deixa eu me apaixonar
E que me faz falta
Como amor não assumido ".
Mas porque voce sorriu, dando-me a poesia, se voce não me ama ?
Não me importa, você me dedicou uma poesia.
Abrace-me. Por favor, me abrace, eu não quero subir. Abrace-me. Eu não sei dizer mais nada.
Passam-se anos e, no meu sonho, que não aconteceu, esse abraço se fêz, e senti que voce me queria.
Eu não quero subir. Por favor, não deixe que eu me vá.
É, então, que você me estende aquele papel com a poesia. Voce está sorrindo, e eu penso que recebo uma poesia de amor.
Ela é, mas tem um final triste.
" Você, por quem o exterior
Não deixa eu me apaixonar
E que me faz falta
Como amor não assumido ".
Mas porque voce sorriu, dando-me a poesia, se voce não me ama ?
Não me importa, você me dedicou uma poesia.
Abrace-me. Por favor, me abrace, eu não quero subir. Abrace-me. Eu não sei dizer mais nada.
Passam-se anos e, no meu sonho, que não aconteceu, esse abraço se fêz, e senti que voce me queria.
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
INQUIETANTEMENTE POETISA
Trafego por caminhos nunca dante navegados
São minha historia, a mim tão somente dedicada
Curvo-me à passagem do tempo, dias passados
Num turbilhão de afetos em minha mente arrebatada.
Num turbilhão de afetos em minha mente arrebatada
Encontro a magia dos amores me ditos predestinados
Lamento a ternura aflita das paixões sufocadas
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados.
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados
Eis-me aqui, poetisa, possuidora de minha virtude
A arrebatar versos que a vida oferece aos subjugados
Sentindo-me pulsante em minha eterna inquietude.
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados
Eis-me aqui, poetisa, possuidora de minha virtude.
São minha historia, a mim tão somente dedicada
Curvo-me à passagem do tempo, dias passados
Num turbilhão de afetos em minha mente arrebatada.
Num turbilhão de afetos em minha mente arrebatada
Encontro a magia dos amores me ditos predestinados
Lamento a ternura aflita das paixões sufocadas
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados.
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados
Eis-me aqui, poetisa, possuidora de minha virtude
A arrebatar versos que a vida oferece aos subjugados
Sentindo-me pulsante em minha eterna inquietude.
Ocaso não perdido de nobres sentimentos elevados
Eis-me aqui, poetisa, possuidora de minha virtude.
RESPEITO À NATUREZA
Forças entre os rios, ergam-se
Majestosa natureza, reflitam
Seus caminhos doravante, decidam.
O homem abrindo espaços, possuidor
Por entre mares e terras, seus dominios
Saberá seu destino encontrar, na dor.
Façam-se as promessas sonhos de realidade
Acordem os mundos com canções de ousadia.
Majestosa natureza, reflitam
Seus caminhos doravante, decidam.
O homem abrindo espaços, possuidor
Por entre mares e terras, seus dominios
Saberá seu destino encontrar, na dor.
Façam-se as promessas sonhos de realidade
Acordem os mundos com canções de ousadia.
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
AMANTE DOS VÔOS TRANSATLÂNTICOS
Sou uma amante dos vôos transatlânticos.
Pois se é neles e, só neles, que surpresas inimagináveis nos são reservadas ?
Houve uma vez em que estávamos voando durante o dia, e havia, no avião, como de praxe, uma tela digital com um mapa registrando o deslocamento da nave. Voávamos por sobre o deserto, mas quando olhei, pela janela, vi algo como uma serpente azul, longa. Como se fosse o rio Amazonas com seu verde. So que era o rio Nilo azul celeste em contraste com o marrom claro do deserto, extremamente bonito.
De outra vez, por coincidencia, em que, creio, nem estava acompanhando o itinerario da viagem, eis que me surgem aos olhos os Alpes cobertos de neve. Devo dizer que não foi só a beleza estética da paisagem que me cativou, mas a efemeridade da contemplacao.
Salientaria eu uma terceira experiencia. Essa foi no Brasil, em minha cidade natal. Chegar a Sao Paulo e sobrevoá-la, tão abarcadamente imensa, sem dimensões mesmo para quem estava a quilômetros nas alturas. Retrato que nao esqueci, o avião perdendo velocidade para descer, como que se rendendo à magnitude da metrópole.
Até onde a natureza me levar. Perto dos espíritos. Lindos pores de Sol.
Serei uma eterna amante dos vôos transatlânticos.
Pois se é neles e, só neles, que surpresas inimagináveis nos são reservadas ?
Houve uma vez em que estávamos voando durante o dia, e havia, no avião, como de praxe, uma tela digital com um mapa registrando o deslocamento da nave. Voávamos por sobre o deserto, mas quando olhei, pela janela, vi algo como uma serpente azul, longa. Como se fosse o rio Amazonas com seu verde. So que era o rio Nilo azul celeste em contraste com o marrom claro do deserto, extremamente bonito.
De outra vez, por coincidencia, em que, creio, nem estava acompanhando o itinerario da viagem, eis que me surgem aos olhos os Alpes cobertos de neve. Devo dizer que não foi só a beleza estética da paisagem que me cativou, mas a efemeridade da contemplacao.
Salientaria eu uma terceira experiencia. Essa foi no Brasil, em minha cidade natal. Chegar a Sao Paulo e sobrevoá-la, tão abarcadamente imensa, sem dimensões mesmo para quem estava a quilômetros nas alturas. Retrato que nao esqueci, o avião perdendo velocidade para descer, como que se rendendo à magnitude da metrópole.
Até onde a natureza me levar. Perto dos espíritos. Lindos pores de Sol.
Serei uma eterna amante dos vôos transatlânticos.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
JUNTO À NATUREZA
Sentei-me por sobre a lua
Fiz as pazes com o horizonte
Aprumei meu destino.
Brinquei de estrelas
Desbravei sozinha a floresta
Desafiei a correnteza dos rios.
Simbioticamente com as leis da natureza
Só, ser, pulsante, vivo, força motriz.
Fiz as pazes com o horizonte
Aprumei meu destino.
Brinquei de estrelas
Desbravei sozinha a floresta
Desafiei a correnteza dos rios.
Simbioticamente com as leis da natureza
Só, ser, pulsante, vivo, força motriz.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
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