Foi assim que me vesti em sedução, e procurei um. ângulo. Que me desse a proporção de minha boca carnal, meus olhos indagativos, e meu pedido em forma de cor.
Desfilando minha lingerie, busquei por pontos onde meus seios se ressaltavam, meu cabelo formava um desalinho, e meu eu fôsse tao somente convite.
Feliz aniversario, mais um ano de vida.
Para onde o desejo me levar, que fique comigo e goze. Que instigue, e sussurre uma promessa de deleite.
Buscando por mim mesma, nuances descobri. De como a idade faz efeito, não se somando ao efêmero do capricho insinuado. A maturidade sussurra um enlevo exposto, que a coragem revela mundo afora. A peça íntima me faz desnuda aos olhos dos que a querem ver além.
Declamando um poema de Pessoa, digo graças à vida, que me dá a força de viver um erotismo adulto, na sofreguidão das paredes de minha solião incontida, querendo o coito, não mais antes reprimido.
Façam-se lábios que beijem e lambam, na predestinada cor de minha fantasia. Liberte-se minha lingerie aos olhos de quem me saiba apreciar. E estarei nua como sempre o quis, emponderada pela coragem.
Um passo dado, e meu rosto e único. Sereno, consciente, docil e entregue, num perfil que atravesse mares de desejos, em só ousadia. Dispa-me aquele que encontrar minhas vozes, no labirinto de perguntas sem respostas, eu que sou a clamar pelo meu ardor.
Faça-me sua, sem recatos ou maldades, ciencia ou percepcão, pois a verdadeira entrega dos corpo não tem nome ou identidade. Saboreia-se ao fluir dos momentos, e se entrega ao alcance da ternura ou paixão.
Sou eu, make up e minhas curvaturas, do meu seio que pede carinho e prazer, sendo assim o exponho. Para que me ressaltem a vontade, doce arcabouço de duas linhas definidas pedindo a mão do afago.
Não se olvide de mim, pois minha boca o pede. Encha-a de beijos e linguas, para eu me esquecer nesse relento. Saboreie a ternura de minha carne, e os sussurros que pronunciarei ao lhe encontrar.
Minhas mãos la estarão, para segurar meu desejo. Apertar-me inteira a vocë, a pedir que nã se vá, pois é e sempre será cedo, nos relogios que não conduzem a nada que o inevitável.
Sinta em mim o por nós. Toque meu cabelo molhado, e o seque com sua respiraçäo ofegante. Aqui estou, somente para ser seu prazer.
Domine-me como e onde for, sem tristeza ou covardia, num baile de danças a rigor, ou em um bar, cenarios incrédulos de imaginações descontextualizadas. Trouxemo-nos a vida pagando, com ela, a vertigem do prazer.
Peçó-me muito e mais, pois só sua serei. No meu ardor e ganancia, átimo de primavera e luz. Escondo-me no desejo incontido, e respiro você.
Meu peito aberto, esperando suas mãos. Minha vagina, sua penetração. Incógnitas, um registro de volupia sem nome.
Sigo. À procura vem de encontro a mim sem, absolutamente, esboçar uma palavra.
Deixo-me à voce. A quem queira me entrego. E do prazer vivo folhas e remeniscências plantadas no gosto doce do amanhâ, surgido a galope.
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